Não é fácil

Quando falhamos em algo que queremos mesmo muito, é normal ficarmos tristes, desapontados, desiludidos. Mas quando falhamos em algo que não nos faz diferença e é até melhor falharmos (porque não é de todo do nosso interesse), é suposto sentirmo-nos leves e aliviados. «Que bom,assim já não tenho  que ir ao sítio X,já estava farto.».

Estúpido é sentirmo-nos desiludidos por termos falhado em algo que não nos diz cheta. Mas é assim que me sinto, desiludida, triste por não ter conseguido. 

Isto porque me candidatei (ou melhor enviei o currículo) sem saber muito bem para o que ia. Fui aceite na primeira fase, mas na segunda, fiquei-me pelo banco de suplentes. Ontem percebi mesmo que não era isto que queria, não tenho jeito, não gosto. Era suposto ficar aliviada por não ter de fazer algo em que não acredito. Mas continuo desiludida. Tentei dar o meu melhor, o nervosismo apoderou-se de mim na hora e estragou tudo. Ainda disseram que de futuro me vão chamar de novo, porque vão precisar. Mas eu não gosto de ser chamada porque precisam de mim. Gosto que me chamem porque gostam do meu trabalho e porque querem mesmo trabalhar comigo.

Devia estar contente por amanhã não ter de me levantar cedo e por ter finalmente tempo para me dedicar à tese e aos projectos aqui no blogue. Mas sei lá...

Acho que foi só o choque do primeiro impacto no mundo profissional.Ou somos os melhores na área, ou então ficamos arrumados na prateleira. O melhor mesmo é se calhar não me meter a inventar muito e cingir-me aquilo que gosto e que sei onde dou o meu melhor. O resto... bem, o resto é conversa. Não vale apena estar a perder a cabeça por causa disso. Mas o dinheirinho dava jeito, lá isso dava. Talvez o único motivo de ter continuado estes dias.