Rir para não chorar

Eu e a minha colega de estágio saímos um bocadinho mais cedo do trabalho. Íamos todas contentes em ir para casa uns minutos mais cedo (apesar do temporal desgraçado). Desta vez não ficámos à espera das nossas boleias habituais, que estavam em reunião (e é verto e sabido que as reuniões costumam demorar eternidades). 

Ainda tivemos que esperar uns 10 minutos pelo autocarro, mas nada de especial. Entretanto o dito chega, eu fico entretida a tirar o cartão de dentro da carteira, enquanto ela fecha o guarda-chuva. Quando olho de novo para cima para o autocarro, estava ele de portas fechadas a começar a andar. E assim foi-se embora. Os senhores que estavam à nossa frente mandaram o autocarro embora, porque nenhum deles ia apanhar esse autocarro.

Eu e a minha colega ficámos parvas, debaixo da chuva. Eu até comentei: «Olha, já aí vem o autocarro!» e ela ainda disse:«Então mas o senhor não abre a porta do autocarro?». Mas parece que ninguém nos ouviu.

Com isto tivemos de esperar mais 30 minutos pelo próximo autocarro. A minha colega só dizia:« Se passa aqui o Dr, Nuno eu passo-me!» (O dr. Nuno é quem nos costuma dar boleia). E a verdade é que passou. A reunião afinal sempre acabou a horas. 

Chegámos a um ponto que já só nos riamos, e eu com uma vontade imensa de mijar. Com isto acabámos por chegar bem mais tarde a casa.