quarta-feira, 6 de agosto de 2014

DESAFIO - JUST SAY IT || PART 4

E, parecendo que não, este desafio já vai a meio. Decidi esta semana fazer-vos umas perguntas um pouco mais pessoais, para vos conhecerem um bocadinho melhor.

Quais são os 3 maiores medos? Porquê?
Como se costuma dizer «Antes de gostarmos dos outros, temos que gostar de nós». Sentes-te 100% confortável na tua pele? Quais são os teus maiores defeitos?
Conta-nos a tua memória de infância preferida.
Quais são os 3 maiores medos? Porquê?
Bem, na verdade não tenho muitos medos. Enfrento a vida tal como ela é sem medos. Mas, e acho que todos nos sentimos assim, o meu maior medo é perder a minha família. Sempre me apoiaram em tudo e estão sempre cá para mim. Um mundo sem eles é um mundo a preto e branco para mim. O meu segundo maior medo é os meus planos não saírem como penso. Quero acabar o secundário e ir para a universidade tirar o curso para poder ir trabalhar para o estrangeiro. E, por fim, o meu terceiro maior medo é ficar sozinha: sem amigos, sem namorado, sem nada. Isso sempre me atormentou imenso. 

Como se costuma dizer «Antes de gostarmos dos outros, temos que gostar de nós». Sentes-te 100% confortável na tua pele? Quais são os teus maiores defeitos?
Sim, sinto. Acho que o ballet me proporcionou um excelente corpo, de fazer inveja. E cada vez que me olho ao espelho sinto-me bem comigo mesma. Apesar de às vezes pensar: “podia ter mais isto” ou “podia ter menos aqui e ser mais assim”, não podia pedir por um melhor corpo. O meu maior defeito é talvez a teimosia. Sou demasiado teimosa quando quero/peço/faço uma coisa, e ou é à minha maneira, ou não é. Sempre fui assim e a minha mãe diz que saio ao meu pai. 

Conta-nos a tua memória de infância preferida. 
Foi no dia 1 de Abril, quando ainda estava no infantário. A minha turma (que muitos deles estão na minha turma agora) era terrível. Então, houve um menino que combinou com as educadoras pregar-nos uma mentira. Foi logo de manhã quando já todos tínhamos chegado. Uns de nós nem se lembravam que era o dia das mentiras, outros já andavam a espalhá-las… Calçamos os sapatos e pusemos os nossos chapéus, de bibe vestido, e fomos todos, dois a dois de mão dada, até ao pátio atrás do infantário à procura da suposta baleia que lá estava. Foi esta a mentira dele: uma baleira. Foi épico. Começamos todos a rir porque tínhamos ficado surpresos por termos uma baleia no infantário. Todos tínhamos acreditado. É uma memória que nunca esquecerei! Épico!

Um dos meus principais problemas é exatamente gostar dos outros antes de mim. É-me difícil acreditar em mim e naquilo que sou capaz e, por isso, a minha auto-estima deve andar, constantemente, a roçar números negativos. Acho sempre que os outros são melhores que eu e que são capaz de coisas mais extraordinárias. É uma tolice, eu sei, mas é incontrolável esta sensação de fracasso. No entanto, ando a “trabalhar” nisto e já melhorei significativamente.

Por esta razão, morro de medo de tudo e mais alguma coisa. Não medos físicos e visíveis, apenas daqueles que se sentem. Tenho medo de não conseguir atingir os objetivos, relativos ao meu futuro, que mais cobiço desde sempre por não ser capaz de acreditar em mim mesma. Tenho medo de, um dia, não realizar tudo aquilo que sonhei e projetei para mim. Tenho medo, principalmente, de chegar ao fim e não poder dizer que tudo valeu a pena e que sou feliz.

Embora essa cobiça pela felicidade deva estar sempre presente, ela já devia ter sido vivida. Refiro-me à felicidade que, supostamente, é sentida durante a nossa infância. E digo supostamente porque comigo isso não aconteceu e são poucas as boas memórias que eu tenho dela. No entanto, há uma que nunca esqueço: devia ter uns 7/8 anos e estava na sala com a minha mãe quando lhe dei uma folha do meu diário e lhe disse para escrever uma coisa bonita para mim. Ela escreveu: “nós somos fortes e vamos ultrapassar isto tudo juntas”. E ultrapassamos. 

Quais são os 3 maiores medos? Porquê?
Tenho medo de alturas mas não é de alturas por ser alto, é mais por ser desprotegido. Isto pareceu confuso! Não tenho medo de andar em rodas gigantes, de estar em prédios altos... porque sei que não vou cair mas tenho pavor de varandas transparentes, ou chãos transparentes, tenho medo do castelo de guimarães em que a "gente" sobre lá para cima e o sitio por onde se anda nas muralhas é altíssimo e sem protecção... Eu tremia que nem varas verdes!!! Tenho medo da morte, acho que tenho medo de tudo aquilo que desconheço e não é linear. Tudo o que mesmo questionando não há uma respostas porque perder alguem que amamos é duro: O está aqui e já não está quando há uma "alma" envolvida. E o que haverá de pois? Tenho medo da felicidade porque tu estás a ser feliz sabendo que a felicidade não é eterna, é um estado passageiro mesmo podendo acontecer várias vezes. E é como que um sofrimento por antecipação, começo a pensar no que pode correr mal... 

Como se costuma dizer «Antes de gostarmos dos outros, temos que gostar de nós». Sentes-te 100% confortável na tua pele? Quais são os teus maiores defeitos?
Não, acho que é impossível sentirmos-nos 100% confortáveis na nossa pele e quem diz o contrário mente. É preciso ter um nivel de confiança brutal para não sermos amassados pelos "não's" que a vida nos vai dando. Actualmente dou menos valor à opinião dos outros, que não os que amo, porque acho que ninguém tem o direito de me fazer sentir mal sem eu dar permissão. Logo não permito a quem sei que o vai fazer por prazer. É a maior mudança que noto desde o inicio da minha adolescência até agora. Já passei por tanto que agora simplesmente não vale a pena, importa é eu sentir-me bem comigo... gostar de mim. Quem gosta, gosta! Quem não gosta... paciência há muitas formas de me evitar. Os meus maiores defeitos são o ser bruta, impulsiva, teimosa... Sou uma pessoa que as vezes não tem consciência de como fala sou demasiado bruta a falar não sou politicamente correcta e isso por vezes trás-me problemas. Sou a típica pessoa que no dia à dia primeiro faz depois pensa... e muitas das vezes sai uma asneira descomunal!! Sou uma pessoa de princípios, opiniões e mas onde ai é uma qualidade, manter-me fiel ao que sou, torna-se um defeito quando meto algo na cabeça e faço asneira só por teimosia e orgulho.

Conta-nos a tua memória de infância preferida.
Eu tenho poucas memórias mas as que tenho lembro-me como se fosse hoje. Secalhar as minhas memórias preferidas são daquilo que já não tenho e sinto saudades. Dos dias com o meu avô. Lembro-me de quando nos mascarávamos e dançava-mos no hall de casa dele (que na altura me aprecia gigante e agora é minúsculo) e fingíamos que estávamos em concurso de danças de salão (e ele que competiu mesmo!). Eu adoro dançar, mesmo!! E tenho imensa pena de não ter tido aulas porque jeito até tenho algum... E que fazíamos todas as coisas parvas de um avô babado que vivia para a neta. Neta que nem sequer era de sangue, apenas de coração. Eu tenho 3 pares de avós... os dos meus pais e outro casal que sempre teve presente na vida da minha mãe porque não tinham filhos e eu e o meu irmão desde pequeninos sempre os tratamos como avós. Infelizmente tenho uma avó que não é avó para nenhum dos netos que tem... portanto esta senhora é muito muito mais avó que ela. Já ficaram a saber um bocadinho da minha vida. Acho que é dessas memórias que tenho mais saudades... do amor incondicional daqueles que já partiram.

Quais são os 3 maiores medos? Porquê?
Neste momento um medo grade que tenho assim mais presente é ter um fraco desempenho no estágio. Vou estar a lidar com pessoas diferentes todos os dias, a representar uma faculdade e tenho muito receio de não ser capaz de transpor o meu conhecimento para ali e de representar mal a minha faculdade. Receio de ser pior que os outros que já desempenharam aquele papel. 
Outro que também me tem feito pensar mais é ter a necessidade de emigrar para ter uma vida estável financeiramente. Não gosto da ideia de ficar longe da minha família, principalmente por isso me ser praticamente impingido. Não gosto e só de pensar nisso fico com um nozinho.
E por fim a morte é outra coisa que me amedronta, não a minha propriamente dita, mas a daqueles mesmo mais próximos, seja família ou amigos. Cada vez mais me deparo com mortes inesperadas e repentinas, com as quais eu tenho receio de ter de lidar. Já tive de encarar a morte de pessoas muito queridas e é custoso, mas quando isso acontece sem estarmos à espera complica.

Como se costuma dizer «Antes de gostarmos dos outros, temos que gostar de nós». Sentes-te 100% confortável na tua pele? Quais são os teus maiores defeitos?
Não gosto de mim própria a 100%, e vamos esquecer a parte física, porque nisso todos nós temos uma coisa que gostamos menos e em que insistimos que é mau, mesmo que nos digam que não é bem assim. Eu vejo-me como uma pessoa com várias qualidades, algumas que não encontro na maioria das pessoas que conheço, mas também tenho consciência dos meus defeitos.
Sou uma pessoa que facilmente muda de estado de espírito e com isso vem agrupado o facto de eu me irritar com facilidade. Uso pouco a lógica e muito mais o lado emocional daí ter alguma dificuldade em controlar as emoções em determinadas situações. Posso considerar que ser pouco fria seja um defeito.

Conta-nos a tua memória de infância preferida.
As minhas memórias de infância preferidas são todas aquelas que eu fazia asneirices, seja com as minhas amigas com os meus primos ou até com a minha avó que era quem tomava conta de mim e quem sofria um bocadinho mais. Por exemplo no primeiro dia de aulas do 1º ano gostei tanto daquilo de manhã que na hora de almoço eu e mais três amigas decidimos ficar na escola a brincar todas juntas e não irmos para casa almoçar, como era suposto. Lembro-me de nos virem buscar uma a uma e eu ser a penúltima. A mim foi a minha tia que me veio buscar de mota, que estava preocupada e logo num instante ficou toda chateada. Já não vale a pena falar da minha mãe e da minha avó, eu estavam possessas comigo. Ainda hoje todas se lembram dessa história.

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