Consideras as redes sociais, como o facebook, como algo benéfico ou prejudicial para a sociedade?
Como seria para ti, a sociedade perfeita?
Quais consideras ser os principais problemas dos jovens de hoje em dia?
Rosemary D
A sociedade de hoje em dia, como todos sabemos, é muito superficial – liga à aparência das pessoas e não a quem elas são realmente. Um dos fatores que mais contribui (e contribuiu) para isso são as redes sociais. Falemos no caso do Facebook. Já apareceu nas notícias e tudo que o Facebook é uma das causas para que alguns casamentos acabem em divórcio. Não estou para aqui a dizer que as redes sociais são as culpadas de todas as Guerras Mundiais, mas temos que admitir que são uma das causas para que a sociedade ande como anda agora: uma porcariazinha autêntica.
Não existe coisa como que uma sociedade perfeita. Mas podia eventualmente existir uma sociedade onde as redes sociais não são sites pornográficos, onde as crianças podiam sair à rua como antigamente, onde as pessoas se ajudassem umas às outras e não se julgassem por serem heterossexuais. Uma sociedade perfeita não existe e está longe de existir tendo em conta o rumo que as coisas estão a levar, mas não seria melhor que pudéssemos sair à rua descansados, porque sabíamos que não nos iriam julgar pelos nossos defeitos? Não seria melhor uma sociedade onde a ganância e o egocentrismo não existissem?
Mas quando falamos de sociedade, afinal falamos de quê? Bem, sobretudo dos jovens. Mas como é que são os jovens de hoje em dia? Sobretudo, são jovens julgam imenso. Os principais problemas são mesmo o facto de todos serem julgados por todos. Quer seja porque o pai morreu ou a mãe, porque a roupa não condiz ou porque não é de marca. Depois também existem jovens que fazem todos os possíveis para terem roupas de marca: é esse o problema deles – não querem andar com roupas que não sejam de marca. Os jovens ligam muito às aparências, preocupam-se com os ténis e as roupas e se tem dinheiro para comprar relógios, mas não querem saber se vivem na miséria por causa disso: o problema deles é ter roupas de marca. E quem não tem roupa assim, “não presta”. Preocupam-se com aspetos superficiais e esquecem-se de quem são por dentro.
Consideras as redes sociais, como o facebook, como algo benéfico ou prejudicial para a sociedade?
Não há nada pior como a distancia e o tempo. São factores determinantes nas relações entre as pessoas e nisso as redes sociais vieram fazer coisas incríveis. Podemos estar em qualquer parte do mundo e estar em contacto com quem quisermos e mesmo assim não perder relações. Podem tambem criar novas, como nós agora mesmo! Mas não são só vantagens, a perda de privacidade e segurança é a contra partida. Acho que nenhum de nós tem noção do que podem descobrir sobre nós pela forma como a sociedade está organizada. As redes sociais são só mais uma facilidade mas às claras. Sabemos que uma vez na net, para sempre na net. Se está partilhado é porque assim é uma escolha nossa e disso todos temos todo o tipo de informação. Só não somos mais "resguardados" porque não queremos.
Como seria para ti, a sociedade perfeita?
Por aquilo que vejo e sinto a maior decadência da nossa sociedade são os valores. Não estamos só numa crise económica mas sim de valores, ética e moral. Acho que as pessoas são demasiado ambiciosas, egocêntricas e sem qualquer valor moral e, para mim, esta é a culpa de não evoluirmos enquanto sociedade. Se resolvermos isso é mais um passo para a minha sociedade perfeita. Ou melhor, o passo chave. Este défice condiciona tudo o resto: os crimes, corrupção, decadência da classe politica, empregabilidade, natalidade... Como que uma gigantesca bola de neve positiva.
Quais consideras ser os principais problemas dos jovens de hoje em dia?
Eu acho que o problema dos jovens de hoje em dia são os mesmos de sempre apenas reflectidos à luz dos acontecimentos mais recentes. A empregabilidade é a pedra no sapato da nossa geração. As pessoas estão a ir contra aos seus sonhos, estão a duvidar de si, a perder a esperança... Vejo também que a nova geração de jovens é assustadoramente despreocupada e com pouca estima por si proprios e pelo seu corpo. Há uma desenvoltura aos 13 que "no meu tempo" não havia... Ainda éramos crianças! Agora não, crescem demasiado depressa.
Consideras as redes sociais, como o
facebook, como algo benéfico ou prejudicial para a sociedade?
As redes sociais têm-me sido
muito úteis, quer para manter relações de amizade em que fisicamente estamos
afastados, quer para ficar a conhecer um mundo de coisas novas e não
necessariamente pessoas. Para mim é muito mais prático falar com todos aqueles
que quero pelas redes sociais. Mas tal como vejo várias vantagens das redes
sociais também vejo algumas desvantagens, por um simples motivo: nem todos as
usam com as melhores intenções. Além disso as redes sociais tanto servem para
aproximar os mais distantes como para afastar os mais próximos.
Como seria para ti, a sociedade
perfeita?
Considero uma coisa perfeita quando ela é boa e
realizável, por isso há várias coisas na sociedade que eu acho que estão bem
assim e que se fossem alteradas não iria existir uma sociedade, mas outra coisa
qualquer. Há então algumas coisas que se existissem eu gostaria mais da
sociedade, na qual vivemos e com a qual convivemos, como: mais e melhores
oportunidades de emprego; pessoas mais esforçadas e persistentes; mais educação
das crianças (e não me refiro às escolas); opções de lazer e bem-estar gratuitas
com mais frequência; pessoas com mais interesse pela cultura e em se aculturar.
Quais consideras ser os principais
problemas dos jovens de hoje em dia?
Vejo os jovens de hoje muito ligados às aparências, ao
que é material, ao ter e não tanto ao ser. Olho para alguns grupos de jovens e
parecem-me todos formatados para o mesmo, não encontro neles interesse pelas
questões políticas e socioeconómicas, a não ser criticá-las sem saber
fundamentar (consequência de não se interessarem). Encontro jovens que não têm
respeito pelos mais velhos, sejam eles familiares ou não, mais uma vez é
indiferente. Não encontro na maioria vontade de saber mais, de irem mais além,
e ultrapassarem as barreiras que encontram. Vejo jovens a viverem pela lei do
menor esforço e cheios de razão ate ao pescoço e, para mim, esse é o maior
problema.
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